Que hálito, hein!

Uma das principais causas da halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é a xerostomia (diminuição da quantidade de saliva), que pode ocorrer por fatores como o uso de medicamentos e algumas doenças, como a hipoglicemia. Essa redução salivar favorece a formação de uma placa bacteriana sobre a língua, chamada saburra lingual.

Composta por restos alimentares e bactérias, a saburra libera enxofre, provocando um hálito forte. Ficar muito tempo sem comer também pode causar a halitose. É normal ter mau hálito ao acordar, que se dá pelo jejum da noite associado à redução do fluxo salivar durante o sono. Após alimentar-se e escovar os dentes, o “bafo” tende a desaparecer. Se isso não acontecer, é melhor investigar.

O dentista Maurício Duarte da Conceição, da clínica Halitus, observa que é preciso avaliar o paciente como um todo. “A ansiedade, o estresse e a depressão também são causas da halitose, porque desequilibram a saúde do corpo”, afirma. Ge­ralmente, quem sofre do problema não sente seu próprio hálito. Isso graças a um mecanismo natural de defesa, no qual as células responsáveis pelo olfato rapidamente se adaptam a um determinado odor, fazendo com que a pessoa deixe de senti-lo caso seja constante.

O tratamento vai da correta higienização da língua e do combate ao estresse e à xerostomia até a mudança dos hábitos alimentares.

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