A saúde começa pela boca. Essa frase reflete a mais pura verdade, pois não adianta nada ter um corpo malhado, um aspecto saudável e, quando abrir a boca …um hálito insuportável. Ao contrário do que as pessoas pensam, estudos comprovam que somente 10% dos casos de mau hálito são provenientes de disfunções estomacais.
O grande vilão do mau hálito está concentrado nos problemas orais, representando os outros 90%. Doenças como gengivite e periodontite, provocam sangramento e maus odores.
As cáries também acumulam restos de alimentos, deixando o hálito comprometido, a placa bacteriana (formada por bactérias e restos alimentares) quando não removida, tanto dos dentes quanto do dorso da língua e bochecha, também podem ser a causa deste grande desconforto.
De acordo com pesquisas recentes, de 30 a 40% da população brasileira sofre de halitose crônica. O mau hálito traz, inclusive, um comprometimento social, mas deve ser encarado de frente, buscar sua causa e tratar do problema a fundo. O recurso de chupar balas e/ou mascar chicletes, só mascaram o problema, quando não trazem um agravamento do caso.
Causas do Mau Hálito Uma das causas mais comuns é a diminuição da quantidade de saliva, que pode ser ocasionada por inúmeros fatores – como ingestão de certos remédios, estresse, doenças e isso facilita a formação da placa bacteriana.
Outras são: mau hálito ao acordar, o que é muito normal – mas deve desaparecer logo – longos intervalos em jejum, bebidas alcoólicas, diversos alimentos (principalmente os com excesso de gordura animal e proteína , além do alho, cebola, frituras, alimentos que contenham enxofre, etc.) e até intestino preso ou diarréia podem causar halitose.
“É importante dizer que o estômago quase nunca provoca o mau hálito, exceto em casos que a pessoa seja portadora de um refluxo gastro-esofágico, o que vai acabar facilitando a formação da língua saburrosa e esta irá gerar o mau hálito, mas isto é muito raro”, confirma o especialista em halitose, o dentista Maurício Duarte da Conceição, diretor da Halitus – Centro de Tratamento dos Odores Bucais, que atende em São Paulo, Campinas e São José dos Campos.
Dr. Maurício trata a questão do ponto de vista holístico, isto é, analisando o ser humano como um todo: corpo, mente, emoções, pensamentos, sentimentos, todos esses fatores interligados e não fragmentados. “No tratamento de halitose, por existirem mais de 50 causas e pelo fator emocional ter uma grande importância na ocorrência de diversos sintomas, nós temos que olhar para o paciente como um todo. Devemos investigar a parte emocional, as diversas áreas do organismo, pois sabemos que a maneira como as pessoas pensam e agem acaba afetando seu organismo, e a maneira como trata o seu corpo acaba afetando a área emocional”, completa Dr. Maurício.
O aspecto emocional tem muita influência, pois causa muitas vezes uma diminuição da quantidade de saliva ou hipoglicemia (ambas geram mau hálito). “Doenças mais graves como o diabetes, disfunção renal grave, carência de vitamina C e outras disfunções, também podem causar alteração no odor bucal, mas devem ser acompanhadas também por um especialista da área”, enfatiza Dr. Maurício.
Observação : essa reportagem contém alguns erros a respeito da halitose.