Os cirurgiões dentistas Eduardo e Marignês Dutra na Clínica Halitus : Centro de Tratamento possui o halímetro que mede o índice de mau hálito.Dentistas afirmam: 40% da população brasileira sofre de mau hálito. Esse índice certamente seria menor se muitos desses portadores da halitose fossem simplesmente informados que têm o problema.

Como muita gente não tem coragem de alertar o amigo que sofre de mau hálito, um centro de tratamento, que possui clínicas em São José dos Campos, Campinas e São Paulo, decidiu dispor até de um e-mail para receber “denúncias anônimas”.Pelo site da Clínica Halitus (www.halitus.com.br), pessoas que não se identificam informam aos dentistas que o amigo precisa ser comunicado do problema.

A Halitus, então, se encarrega de educadamente enviar uma carta ou e-mail à vítima da halitose crônica, recomendando que ela procure tratamento. Os profissionais encarregados das correspondências são os cirurgiões dentistas Eduardo Pedrazza Dutra e Marignês Theotônio dos Santos Dutra, os pioneiros em tratamento da halitose no Vale do Paraíba. Segundo eles, há 60 causas conhecidas da halitose, que é considerada um sintoma, não uma doença.

Entre os fatores, estão o álcool, alimentos gordurosos, longos intervalos em jejum (hipoglicemia), prisão de ventre, cáries (só as grandes), alguns medicamentos e o cada vez mais famoso estresse.”O estresse acaba reduzindo o fluxo de saliva e essa redução é a principal causa do mau cheiro”, diz Eduardo.

Segundo Marignês, a xerostomia (redução do fluxo de saliva) favorece a formação da saburra língual, que é a placa bacteriana esbranquiçada formada na parte posterior da língua. A saburra lingual é formada por restos alimentares, células que descamam da mucosa bucal e bactérias que se alimentam da proteína dessas células. Tudo isso junto libera compostos sulforosos voláteis — o odor de enxofre característico do mau hálito.

ESTÔMAGO – De acordo com os dentistas da Halitus, ao contrário do que muitos pensam, mau hálito não está ligado a problemas gástricos. “É muito difícil haver relação entre estômago e halitose”, garante. “Isso só ocorre com pacientes que sofrem de refluxo gastro-esofágico, que é um problema raro.

“Para ela, o tratamento contra a halitose só é eficaz por encarar o paciente de uma forma holística (como um todo). Na Halitus, é comum os dentistas acionarem psicólogos para combater estresse de pacientes e até os profissionais de instituto de ronco e apnéia. “O ronco, como toda respiração pela boca, diminui o fluxo de saliva e, por isso, causa halitose”, explica Marignês.

Na Halitus, os dentistas recorrem ao halímetro, aparelho moderno que mede o índice de compostos sulfurosos voláteis — o nome pomposo do mau hálito. O cirurgião dentista Eduardo Pedrazza Dutra alerta que, em vez de acabar com o mau hálito, produtos vendidos para gargarejes e bochechos podem causar justamente o efeito contrário. Segundo ele, a maioria desses antisépticos e enxáguatórios contém doses exageradas de álcool, capazes de ressecar a boca e provocar a halitose.

Nos Estados Unidos, estima-se que são gastos de US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões por ano em produtos de bochechos, vaporizadores, gomas de mascar e outros que agem como moderadores, sem efeito duradouro no combate à halitose.

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