Além de provocar outros problemas, o estresse é uma das causas do mau hálito. O aspecto emocional tem muita influência no aparecimento da halitose, pois facilita o aparecimento da hiposalivação (diminuição da produção de saliva) ou da hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue), ambas com grande potencial de causar o mau hálito.

Às vezes, o paciente com problemas emocionais busca um psiquiatra, que prescreve remédios que pioram a halitose, por diminuírem a produção de saliva.
Essa diminuição favorece a formação de uma placa bacteriana -a saburra lingual- e também de pequenos grãos amarelados nas amígdalas, os cáseos amigdalianos.
Ambos provocam um hálito muito forte.

A maioria dos pacientes não percebe que está com o problema devido a um processo chamado de fadiga olfatória – as células olfativas se adaptam ao odor se ele for constante.Como as pessoas ao seu redor tendem a se afastar, ele pode ser discriminado. Ao tomar conhecimento de seu problema, pode se tornar inseguro e retraído. Alem disso, sente-se preocupado com a reação das pessoas. Esses fatores fazem com que o mau hálito retroalimente o estresse, ou seja, o paciente relata que parte do estresse a que ele está submetido é causada pelo próprio mau hálito e por suas implicações sociais.

O profissional que trata a halitose deve conhecer as diversas especialidades da odontologia para tratar o mau hálito e suas causas. É fundamental que o profissional também ofereça ao paciente um suporte para que ele recupere sua segurança e auto-estima.

Verdades:
O mau hálito pode ser causado por uma inflamação na garganta. Verdade.
As afecções das vias aéreas contribuem para o mau hálito, pois, normalmente, a pessoa passa a respirar pela boca.

O problema pode ser causado pela diminuição de saliva. Verdade.
A redução de saliva favorece a formação de uma placa bacteriana na língua, o que causa o mau hálito.

Mentiras:
O problema geralmente é ligado a problemas no estômago. Mentira.
Em 90% dos casos o problema está na boca. Mas a causa também pode estar em doenças do fígado ou do intestino.

A extração das amígdalas acaba com o mau hálito. Mentira.
Nem sempre isso acontece. Se o problema for a falta de saliva, o quadro não irá se alterar.

ENTENDA O PROBLEMA

O QUE CAUSA O MAU HÁLITO?
Em 90% dos casos, o problema é bucal A principal causa é a diminuição de saliva, que ajuda a formar uma placa bacteriana na língua, chamada de saburra lingual. Ela é formada por restos alimentares e bactérias que liberam enxofre, gás que causa um hálito forte

OUTROS FATORES:
Bebidas e alimentos
• Álcool
• Alimentos com excesso de gordura ou enxofre
• Cebola
• Frituras
• As pessoas mais prejudicadas são as que já tiveram ou têm problemas no fígado, que, nesses casos, não conseguem metabolizar certas substâncias presentes nos alimentos

Doenças
* Diabetes
* Disfunção renal grave
* Alterações nos dentes ou na gengiva
* Carência de vitamina C
* Intestino preso
* Diarréia
* Sinusites, amigdalites, rinites, adenóides
* Hipoglicemia
* Refluxo gastroesofágico
* Ronco
* O uso de aparelho dentário também pode gerar o problema

Halitose, que atinge 51 milhões de brasileiros, é um sintoma que pode indicar que algo não vai bem com o organismo. Até estresse pode causar.

A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, pode ser causada por mais de 50 fatores, desde inflamações até estresse. No entanto, hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada e cuidados básicos com a higienização bucal, são eficientes no combate a esse problema.

De acordo com Maurício Duarte da Conceição, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO), o problema atinge aproximadamente 51 milhões de brasileiros. “A halitose pode acometer indivíduos de qualquer idade, atingindo, segundo estatísticas, 67,25% dos indivíduos acima dos 65 anos e 41,73% dos indivíduos entre 12 e 65 anos”, afirma. Segundo ele, a ocorrência é igual entre homens e mulheres.

“Diferentemente do que muitos pensam, a halitose é um sintoma e não uma doença. É um sinal de que algo não vai bem no organismo”, diz Silke Anna Weber, professora de otorrinolaringologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu. Na maioria dos casos, o problema está relacionado à formação da saburra lingual, uma placa bacteriana que se caracteriza por uma camada esbranquiçada formada por resíduos alimentares.

“Fatores como a diminuição do fluxo salivar, a desidratação e a ingestão de alguns tipos de medicamentos podem causar saburra”, alerta Silke. Para dar fim ao problema, só a higienização bucal não basta “Quem ingere alimentos fortes ou picantes está mais sujeito a ter halitose, porque essa comidas diminuem a salivação. Vale lembrar que o chocolate também está incluído nisso”, lembra a professora. ” Levar uma vida saudável, aliando uma alimentação balanceada à prática de exercícios, à hidratação e à higienização é um ótimo método de combater o problema”, diz ela.

A estudante G.L.A., 18 anos, percebeu que tinha halitose em dezembro do ano passado. “Não sei exatamente como aconteceu, mas comecei a achar que estava com problema e pedi à minha mãe que verificasse”, conta.
Ao constatar o problema, tratou de procurar um médico especializado. Depois de fazer vários exames, G. Descobriu que seu problema estava relacionado à sua baixa salivação. Ela tomou remédios, mas a principal recomendação do médico foi quanto à higienização bucal. “ passei a escovar os dentes três vezes ao dia e a usar o limpador de lìngua. Hoje estou bem melhor “, conta.

VOLTAR