São Paulo, 20 de Novembro de 2.003 (Médico Brasil) — Atualmente, a halitose (o popular mau hálito) atinge 40% da população brasileira e pode ter mais de 50 causas.
O maior problema é que o portador do mau hálito é sempre o último a perceber e que, muitas vezes, essa pessoa se afasta da família, dos amigos e até tem seus desempenhos afetivo e profissional prejudicados. Geralmente essas pessoas não sabem que tem esse mal porque as células responsáveis pelo olfato rapidamente se adaptam ao odor constante.O mau hálito é um problema mundial e vem impedindo muita gente de conversar de perto há mais de 3,5 mil anos. Sabe-se que o médico grego Hipócrates já pesquisava maneiras de melhorar o hálito das pessoas, depois de observar a incidência desse incômodo odor entre a população local.
Segundo o dentista Dr. Maurício Duarte da Conceição, presidente da ABPO, Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca, a halitose não é uma doença e sim um sintoma de que algo no organismo está em desequilíbrio, que precisa ser detectado e tratado.Mais de 90% dos casos são provocados por fatores bucais. “Um dos principais é a diminuição na produção de saliva, favorecendo a formação de uma placa bacteriana na língua e, em alguns casos, nas amigdalas. Formadas principalmente por restos alimentares, células que se descamam da mucosa bucal e bactérias, essas placas facilitam a liberação de enxofre, que provoca o odor incômodo”, explica.Se você leva um estilo de vida agitado, saiba que o stress também provoca essa redução de saliva.
Qualidade de vida também conta para o desenvolvimento de odores bucais, bem como os hábitos alimentares, ingestão de medicamentos e de bebidas alcoólicas. “Por isso devemos observar o paciente como um todo, pois vários fatores se interligam para o desenvolvimento dos odores orais, justifica”.
Prevenção Higiene bucal: uso correto do fio ou fita dental e utilização de uma escova macia. É importante aprender a técnica correta de escovação com o dentista. Fazer a limpeza de sua língua delicadamente;Evite intervalos superiores a 3 ou 4 horas entre as refeições;Beba de 2 a 3 litros de água (ou outros líquidos) por dia;Evite o consumo excessivo de alimentos com odor carregado;Evite o consumo excessivo de café e de bebidas alcoólicas, especialmente se você estiver estressado ou ansioso;Ao primeiro sinal de sangramento gengival procurar um dentista.